A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por meio da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), e a Coordenação Geral de Regulação e Avaliação (CGRA) do Ministério da Saúde lançam, nesta quarta-feira (30), o Programa de Qualificação para Profissionais de Regulação do Sistema Único de Saúde.
Composto por 5 cursos, que totalizam 180 horas-aula, o Programa apresenta a base conceitual da regulação em saúde e suas dimensões de Sistemas, Atenção e Acesso, e também proporciona uma discussão técnica e operacional da regulação do acesso, visando facilitar aos profissionais do SUS o entendimento de como planejar, implantar e executar as ações de regulação nessa dimensão especificamente.
Para a primeira turma estão sendo ofertadas 500 vagas em cada um dos cursos. Os cursos são ofertados em duas modalidades: “com certificação” e “visitante identificado”. Na versão “com certificação”, os participantes foram indicados pelos gestores estaduais, a partir de critérios estabelecidos pela CGRA. A versão “visitante identificado” é aberta a qualquer interessado. Nesse primeiro momento, foram disponibilizados dois cursos: Introdução à Regulação no SUS e Regulação nas Redes de Atenção à Saúde.
De acordo com o Coordenador-Geral de Regulação e Avaliação do Ministério da Saúde, João Marcelo Barreto Silva, o Programa está inserido na proposta da Política Nacional de Regulação do SUS, que compreende os processos formativos como importantes estratégias para sua consolidação. “A regulação do acesso exige uma prática que passa por uma série de fluxos e processos que estão, necessariamente, interligados”, explica.
Para João Marcelo, a regulação ambulatorial, hospitalar e das urgências exige uma dinâmica de processos que deve responder a um conjunto de situações de saúde, eletivas e agudas, e requer práticas sistêmicas, organizadas e transparentes de trabalho e ação. “Entendemos que a condução e organização operacional desses processos são diversas e devem responder às realidades e necessidades locais, partindo, contudo, de um modelo operacional que possa ser amadurecido e aperfeiçoado à medida da sua implantação”, afirma o coordenador.
Novidades – Os cursos do Programa de Qualificação para Profissionais de Regulação do SUS são ofertados no formato coinstrucional, ou seja, não contam com tutores, no entanto disponibilizam recursos para que os participantes possam interagir e compartilhar conhecimentos acerca das temáticas tratadas. Tratam-se do “Octopus”, uma nova ferramenta para construção colaborativa do conhecimento, desenvolvida pela UFPE, e da possibilidade de adicionar comentários às páginas de conteúdos dos cursos.
Segundo Josiane Machiavelli, Coordenadora Técnico-pedagógica do Grupo SABER Tecnologias Educacionais e Sociais e da UNA-SUS UFPE, “o Octopus se diferencia dos fóruns costumeiramente utilizados em Ambientes Virtuais de Aprendizagem porque possibilita que os participantes não só façam postagens, mas também avaliem as publicações feitas por outros participantes, recomenda publicações a partir do mapeamento das áreas de interesse dos usuários, possibilita interação em tempo real, por meio de chat, e exibe o ranking dos participantes que mais se destacam em determinada oferta educacional”. O componente “relatório” do Octopus é outro diferencial, pois permite que a equipe gestora dos cursos, conheça os temas mais discutidos; saiba quem são os usuários que se destacam em determinadas temáticas; conheça as postagens mais e menos curtidas, entre outros. Tudo isso com o recorte de localidade, como país, região, estado e município. “Acreditamos que o Octopus vai estimular a interação e a colaboração entre os participantes dos cursos e também fornecerá importantes subsídios para a melhoria e o planejamento de ofertas educacionais”, complementa Josiane.
Para mais informações, clique aqui.
